domingo, 19 de fevereiro de 2017

A DOUTRINA DO DÍZIMO FOI ESTABELECIDA ANTES DA LEI DO AT?



Abraão e Melquizedeque

Algumas pessoas ao perceberem que realmente não há base no NT para doutrinar os fiéis na  questão do dízimo, incentivando-os a contribuir com 10% do que ganham, recorrem aos fatos em Gênesis ocorridos antes da promulgação da lei, para argumentarem que antes mesmo da lei, o ato de dizimar já era algo  comum. Essa afirmação está baseada no dízimo dado uma única vez por Abraão a Melquizedeque e ao voto feito por Jacó a Deus

O que os malandros da fé  não  dizem é  que Abraão  não  deu um centavo, nem uma moeda, nada de dízimo  do SEU PATRIMÔNIO! Zero! O tal dízimo que Abraão  deu foi dos despojos da guerra, ou seja, dos bens  que ele  conquistou na guerra contra aquele povo que tinha capturado  o seu sobrinho Ló.  Repito, Abraão  não  deu nada de dízimo  dos bens  que adquiriu como fruto do seu trabalho! Leia o texto escrito na carta aos Hebreus 07:04:

"Vejam como Melquizequede era grande: Abraão, o patriarca, lhe deu a décima  parte de tudo o que havia tomado dos inimigos na batalha."

Entendeu? Ele não  tirou do próprio bolso, por assim dizer. Se alguém  quiser seguir o exemplo de Abraão é  muito simples, junte alguns homens ache um motivo para guerrear contra alguma nação e, se vencer e dominar aquela nação contra aqual guerreou, faça  o cálculo  de todos os bens tire dez por cento  deles, vá  até  Jerusalém, procure um sacerdote e entregue esse dízimo! Parece loucura?  Então caia na realidade  pois o argumento usado a partir do dízimo  de Abraão para dizer que o dízimo  existe  antes da lei é uma farsa! 

Porém, vamos ver mais detalhes! 


No livro de Gênesis 14:18, 20, Melquizedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho a Abraão; ele era sacerdote do Deus Altíssimo. O texto diz: "E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abraão o dízimo". A pergunta que faço é: Por que Abraão deu o dízimo a Melquizedeque?

Em primeiro lugar é importante saber que o ato de dizimar era uma prática comum entre as NAÇÕES (não pessoas) da antiguidade, como afirma o Dr. Davis:

“Oferecia-se certa quantidade dos produtos produzidos ou dos ‘despojos da guerra’. Os Lídios ofereciam a décima parte das presas. Os fenícios e os cartagineses enviavam anualmente a Hércules, a décima parte de suas rendas. Os egípcios deviam contribuir com a ‘quinta’ parte das colheitas para Faraó” (Davis, John. Dicionário. P.1960. V. tb. Gn 47:24 ).

No caso de Abraão, muitos acreditam que aquele ato, realizado antes que a lei fosse promulgada por meio de Moisés, é uma prova de que o ato de dizimar faz parte do pacto feito por Deus com o patriarca. Isso consequentemente "obrigaria" a seus descendentes em Cristo (os cristãos) que estão sob a nova aliança a dizimarem. No entanto, há as seguintes objeções: a) Deus chamou Abraão, o justificou e lhe fez promessas, estabelecendo com ele um pacto, bem antes que ele desse o dízimo a Melquizedeque ( Gl 3:8,18; Gn12:2), o que significa que o ato de dizimar de forma alguma faz parte da aliança entre Deus e Abraão.

b) De Harã Abraão saiu com todos os seus bens, mas sem dar o dízimo a ninguém (Gn12:4,5). Em razão da fome que havia na terra, Abraão se deslocou para o Egito, lá ele adquiriu muitos bens, estava rico (Gn 12:16;13:1,2), mas não vemos nenhum relato nos informando que ele tenha dado o dízimo a mais alguém do que ganhou.

c) A razão de Abraão dizimar a Melquizedeque está explícita no texto, vejamos: "Melquizedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote" (Destaque do autor). Aqui está a primeira razão, foi pelo fato de Melquizedeque ser um sacerdote. O sacerdote era tido como uma pessoa sagrada, que servia de mediador entre o homem e Deus. Porém, mesmo sendo Melquisedeque um sacerdote, Abraão não daria o dízimo a ele, a não ser que ele servisse ao seu Deus, pois existiam vários deuses já naquele tempo, e consequentemente, vários sacerdotes.

Do Deus Altíssimo. Observe nos versículos 19 e 20 que Melquizedeque abençoou a Abraão fazendo menção ao "Deus altíssimo", como sendo o Criador dos céus e da terra e Soberano, pois, "entregou os teus adversários nas tuas mãos". Portanto, Abraão notou que além de sacerdote, Melquizedeque conhecia e servia ao mesmo Deus que ele então não teve dúvida, tal sacerdote podia receber o seu dízimo (14:22 ). Observe ainda que antes do rei Melquizedeque vir até Abraão, o rei de Sodoma já havia se antecipado, vindo receber os despojos dele, pois, como já sabemos, essa era uma prática comum na antiguidade; fazia parte da cultura daquela época oferecer certa quantidade dos "despojos da guerra", e foi por esta razão que o rei de Sodoma veio ao encontro de Abraão (Gn 14:17). Veja o que ele diz: "Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo" (Gn 14:21). Porém, Abraão mostrou que considerou Melquizedeque como superior, por isso lhe deu o dízimo "de tudo", mas, quanto ao rei de Sodoma, ele não mostra submissão, mas trata-o de igual para igual, e não quis nada que pertencesse aquele rei.

Observe ainda que, após aqueles acontecimentos, Abraão não dizimou a mais ninguém, o que prova que ele não tinha o costume de dizimar. Também não há registros de que Ló, o sobrinho de Abraão, nem Sem, com os seus descendentes, nem os descendentes de Jafé ou de Cão tiveram tal costume. Nem mesmo Noé e nem a população humana, antediluviana foram dizimistas porque, se fossem, certamente isso seria relatado.

Cultura é local e doutrina é universal

No que diz respeito à “cultura” e “doutrina”, vale lembrar aqui que doutrina é universal e nunca deixa de ser doutrina com o passar dos tempos. O que foi doutrina nos tempos bíblicos, se tiver valor normativo, tem que ser doutrina ainda hoje, em qualquer lugar do mundo. Já a cultura (usos e costumes, hábitos) tem outra característica. O Dr. James Braga define cultura como: "as diferentes características de um grupo racial, religioso ou social. Isto é, aquilo que o povo faz, como vive, como pensa e como age."   (BRAGA, James. Como estudar a Bíblia, P. 41)

 Isso significa que as nações, nos dias atuais não têm  mais esse hábito. Qual  hábito? O hábito de dizimar os despojos de uma guerra conquistada! Portanto, se você  quer usar o exemplo de Abraão como base para dizimar, precisaria agrupar uma quantidade de pessoas, guerrear contra alguma nação, vencer a guerra, se apoderar dos despojos daquela nação e, dos despojos, procurar um sacerdote para dizimar à ele. Vou repetir: Leia o texto escrito na carta aos Hebreus 07:04:

"Vejam como Melquizequede era grande: Abraão, o patriarca, lhe deu a décima  parte de tudo o que havia tomado dos inimigos na batalha."   Boa sorte! 

Se não há uma ordem na narrativa não é doutrina

Além do que foi dito sobre cultura, devemos saber que entender o que o escritor de um determinado livro quer dizer em uma passagem é um desafio que requer, entre outras coisas, que o leitor saiba perceber quando trata-se apenas de um relato histórico e quando realmente há uma ordem expressamente dada por Deus, tornando o ato ou o ensino não só uma doutrina para aquela época, mas para todos os tempos, inclusive para a nossa época também.

Algumas doutrinas têm caráter universal. Transformar um simples relato histórico em doutrina sem que haja uma ordenança dada por Deus para isso é violar os princípios da hermenêutica, bem como ignorar o aspecto cultural da passagem. O escritor de Gênesis apenas expôs uma verdade descritiva, isto é, ele apenas relatou um acontecimento histórico que foi o episódio envolvendo Abraão e Melquisedeque. Conforme os mestres em hermenêutica, há na Bíblia Sagrada verdades descritivas e prescritivas:

"As descritivas relatam o que foi dito ou o que aconteceu em determinado tempo. As prescritivas são tidas como
articuladoras de princípios" (VIRKLER, Henry. Hermenêutica. Princípios e processos de interpretação bíblica. P.65)

“Uma narrativa do AT não ensina diretamente uma doutrina [...] registram o que aconteceu não necessariamente o que deveria ter acontecido ou que deve acontecer todas as vezes.”( FEE, Gordon D. e STUART, Douglas. Entendes o que lês? P.69)

Se não há uma ordem divina na narrativa não é doutrina, logo é verdade descritiva. Se há uma ordem na narrativa é uma doutrina, logo, é uma verdade prescritiva. Porém, mesmo que haja uma ordem para que se obedeça o que foi ordenado, é preciso saber se é uma ordem que vale apenas para os judeus ou se deve ser obedecida por todos em qualquer época. Como saber o que continua sendo doutrina no AT e o que deixou de ser doutrina? Clique no link a baixo e leia a respeito.

Clique aqui para ler sobre A LEI DO AT SEGUNDO O NT

O dízimo não faz parte da aliança entre Deus e Abraão. Note que a circuncisão sim, pois Deus ordenou a prática dela a Abraão, como sinal da aliança (Gn 17: 9-14). A partir daquele dia, a circuncisão passou a fazer parte da vida de todos os descendentes de Abraão, de forma que, se alguém se recusasse, por alguma razão, a fazer a circuncisão, poderia até mesmo morrer. Esta sim é uma verdade prescritiva. Porém, note que ela não é aplicável a nós cristãos, mesmo sendo uma ordem de Deus (EX 4: 24 - 26), por que o dízimo, porém, tem que ser? Portanto, não se deve obrigar o pagamento do dízimo aos cristãos, com base no texto de Gn 14:18-20.

Por fim, mesmo que uma passagem possua uma verdade prescritiva, ou seja, que traga uma  ordem de Deus exigindo obediência, o leitor deve se perguntar se tal ordem é aplicável para os nossos dias, ou se foi válida apenas para aquela época.

O voto de Jacó

Em Gênesis 28:20-22 temos o seguinte relato sobre Jacó:

"Então Jacó fez um voto, dizendo: 'Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o SENHOR será o meu Deus. E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo"

Trata-se de um voto feito por Jacó e, conforme o texto, fica evidente que Jacó fez o voto voluntariamente, isto é, Deus não ordenou que Jacó voltasse e muito menos que os seus descendentes cumprissem em suas gerações, o voto de Jacó que consistia, entre outras coisas, em dizimar. Jacó não estava representando ninguém além de si mesmo naquele ato. Se alguém quiser insistir no fato de que deve tomar tal acontecimento, como exemplo para o pagamento do dízimo, então não pode ignorar outras situações em que outros votos também foram feitos por outras razões, e tomá-los como exemplo para praticar as mesmas coisas. Você estaria disposto a seguir o exemplo de Jefté? (Jz 11: 29-40). Teria que estar disposto a fazer o que ele fez, pois ele também fez um voto, logo, isso deveria tornar-se uma base para oferecermos a Deus tudo o que víssemos ao chegarmos em casa. Coitado do cachorro. Mas voto não é obrigatório pra ninguém “O crente não é obrigado a votar”. Ninguém é obrigado a fazer nenhum tipo de voto; não que não deva fazer, desde que faça por iniciativa própria. Naquele ato de Jacó, prevalece ainda a ideia de que dizimar não era uma obrigação para as pessoas daquela época, embora existisse tal costume, principalmente por ter sido um voto. Além disso, Jacó impôs condições para cumprir o seu voto:

“Se estiver comigo...” Ele pediu a companhia de Deus. “...cuidar de mim nesta viagem...” Ele pediu o cuidado de Deus. “...prover-me comida e roupa... ” Ele pediu a providência de Deus para suas necessidades pessoais. “...e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai.” Ele pediu a proteção de Deus para voltar.

Essas foram as exigências de Jacó, se Deus concedesse tais exigências, Jacó iria assumir os  seguintes compromissos. “...então o SENHOR será o meu Deus...” Aquele era um mundo politeísta em que muitos deuses eram adorados, mas Jacó escolheu servir ao Deus de seus pais, Javé. O Deus de Abraão e de Isaque seria também o Deus de Jacó.

“...então o SENHOR será o meu Deus...” Aquele era um mundo politeísta em que muitos deuses eram adorados, mas Jacó escolheu servir ao Deus de seus pais, Javé. O Deus de Abraão e de Isaque seria também o Deus de Jacó. "... e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo". E por fim, ele fez o voto de dizimar tudo.

Voto é um assunto muito particular, é um trato que o fiel faz com Deus e compromete-se a cumpri-lo, uma vez que Deus o atenda. Note que o voto é cumprido sempre "após" a resposta de Deus, e não antes. Se tem uma coisa que eu não duvido é que se o patriarca Jacó vivesse em nossa época e alguns crentes o ouvisse fazendo esta oração, certamente ele seria criticado por causa do seu "se", e por não ter fé para pagar o voto antes, de receber a bênção.

Portanto, pelo que sabemos, não se pode exigir a entrega do dízimo com base nessa passagem, até porque, não era realmente obrigatório como confirma o Dr. Kidner em seu comentário sobre esta passagem: “A dádiva do dízimo era voluntária antes de ser ordenada”(Genêsis. Introdução e comentário- Edições Vida Nova. Vol 1.)




Gênesis é um dos livros da Lei

Aqueles acontecimentos fazem parte do livro de Gênesis, e o livro de Gênesis é o primeiro dos cinco livros iniciais da Bíblia, ou seja, da lei; portanto, eu posso afirmar com certeza, mesmo que Abraão tivesse sido de fato um dizimista religioso frequente e sua experiência tivesse servido de norma com valor estatuário ( o que já sabemos que não ), nem mesmo isso teria força estatuária para a igreja, porque a lei foi cumprida por Cristo, e nós nos relacionamos com Deus por meio da fé em Cristo, não pelas obras da lei, conforme os textos abaixo: "Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente a lei" ( Rm 7:4 ARA ).


“Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?" (Gl 3:2 ARA). “De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gl 5:4 ARA). Portanto, o dízimo que Abraão deu a Melquisedeque e o dízimo que Jacó deu a Deus, em cumprimento do seu voto, são fatos pertencentes à lei e, como podemos ver claramente, o cristão esta livre da lei. Se o cristão for obrigado a pagar o dízimo com base na experiência de Abraão e Jacó, pelo fato de terem eles dizimado, antes da lei ser promulgada, então o cristão também terá que cumprir outros requisitos como:

A observância do sábado

Antes de a lei ser promulgada no Sinai (Ex 20:1-17), o sábado não foi instituído como o dia de descanso: “E havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito descansou. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que como Criador fizera" (Gn 2: 2,3 ARA). O texto diz apenas que Deus descansou. Não há nenhuma citação de que alguém guardava o sábado antes da lei. As conclusões são apenas hipotéticas. De fato isso é até mesmo confirmado por Eusébio de Cesaréia (veja o capítulo 6 ).

Note que não há uma ordem explícita para que os futuros habitantes da terra guardem o sábado. O escritor está apenas narrando um fato, da mesma forma como ocorreu nas experiências de Abraão e Jacó, nos quais não há também uma ordem explícita que induza a igreja a pagar o dízimo como uma obrigação. Então, se o cristão está obrigado a pagar o dízimo com base nas experiências de Abraão e de Jacó, por que ele não guarda também o sábado? Por acaso os exemplos dados por Abraão e Jacó são mais importantes na vida cristã do que o exemplo divino, a saber, que Deus descansou no sábado? Se eu pago o dízimo, mas não guardo o sábado, (refiro-me ao 7º dia como era observado conforme o AT), estou trocando seis por meia dúzia, essa é a verdade.

O sacrifício de animais (Gn 4:4)


O texto diz que Abel ofereceu as primícias do seu rebanho em oferta a Deus, e Deus se agradou (Hb 11:4). Isso ocorreu antes da lei ser promulgada, portanto, nós teríamos que continuar praticando o sacrifício de animais a Deus, ainda em nossos dias. Isso os cristãos também não fazem. Por quê? Deveríamos seguir o exemplo de Abel, assim como queremos seguir os exemplos de Abraão e Jacó, ocorridos antes da lei ser promulgada no Sinai, a menos que nós tenhamos o direito de escolher o que achar conveniente aos nossos interesses e transformá-lo em artigo de fé. Temos?

A circuncisão (Gn 17: 9 - 14)

Como podemos ver no texto acima, na Bíblia a circuncisão foi instituída também antes da lei ser promulgada no Sinai, observe que o versículo finaliza dizendo: “A minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua" (v. 13). Perpétuo significa que “dura para sempre”. Aqui há uma ordem expressa de Deus que, deveria durar para sempre mesmo após a graça suplantar a lei no Calvário, pois a circuncisão foi instituída antes da lei (Gl 3:17). Mas é interessante que, mesmo tendo sido claramente ordenada por Deus, os cristãos são induzidos a se circuncidarem, por quê? O batismo assumiu o lugar da circuncisão? E nada assumiu o lugar do dízimo, como uma obrigação? Se o cristão está obrigado a pagar o dízimo, por ter sido um ato praticado por Abraão e Jacó antes que a lei fosse promulgada no Sinai, então a bem da verdade, ele também deve praticar a circuncisão, principalmente por haver uma ordem expressa de Deus:

“Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações.” “Esta é a minha aliança que guardareis entre mim e vós e a tua descendência todo macho entre vós será circundado” (Gn 17:9, 10 ARA).

Se você leu tudo até aqui, pôde constatar que não é tão simples assim argumentar que a doutrina do dízimo precede a promulgação da Lei e que, por isso, deve ser observada; porque, se fôssemos levar por esse ponto de vista, teríamos que arcar com as implicações, ou seja, não apenas a prática do dízimo teria que ser observada como outras práticas, essa seria a atitude honesta a ser tomada. Ninguém pode se dar ao luxo de ser seletivo quando se trata de doutrina bíblica, ou seja, ninguém pode simplesmente escolher qual doutrina quer ensinar e qual não quer. Se quer viver e pregar as doutrinas destinadas ao povo de Israel no AT, terá que observar da forma como eles faziam.


Como entender Ml 3:7-10 

O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO

Riqueza: Bênção de Deus ou deus em forma de bênção? 

JESUS É LÚCIFER! 

PEDRO DESMASCARA OS FALSOS PROFETAS!   

Textos que exigem uma explicação

7 comentários:

Unknown disse...

Só vejo falácias neste post. Devem ter saído da ccb disseminando heresias

Domingos disse...

Bem, você deve ter um exímio conhecimento. Exponha, então, o erro sobre o que foi dito acima, ponto a ponto, e vamos analisar. Falar qualquer um fala, demonstrar com argumentos é outra história! Não, não sou e nunca fui da CCB! A verdade está a disposição de qualquer um basta querer e buscá-la, não importa onde congregue! Mostre os erros da postagem com argumentos, estou aguardando.

paulo disse...

Tudo o que foi escrito me parece seguir uma boa hermenêutica. Pude notar honestidade na pesquisa e e imparcialidade na produção do texto. Parabéns ao autor! Que Deus seja sempre louvado e adorado em espírito e em verdade!

Matheus de Avila disse...

Eu pago dízimo na minha igreja, mas também entendo que na Bíblia não existe nenhuma lei ou algo do tipo que obrigue nós cristãos de hoje em dia pagarmos o dízimo. Muito bom o texto que você escreveu, Deus abençoe muitíssimo.

Domingos disse...

Obrigado. Bem, eu não tenho o direito de dizer o que você deve fazer com o seu dinheiro mas, né arrisco a dizer que se você passar a contribuir com um valor menor que os 10% vão perceber e,talvez, vão achar um jeito de saber o porquê. Se for por uma questão de entendimento bíblico diferente do que ensinam (estou supondo que ensinem a obrigatoriedade do dízimo) vão lançar indiretas para você. O legalismo reside aí, e essa imposição se choca com Galatas 03:10 pois diz, que se você prática ALGUMAS coisas da lei em vez de praticar TUDO o que a lei ensina, você está em maldição. É maldito, diz Paulo! O dízimo é doutrina da lei do AT!

As igrejas precisam se reposicionar para gerar receita honestamente ensinando que as pessoas, devem contribuir de acordo com as suas condições e necessidades. Mas sem impor, sem o tirar de alguma forma a contribuição cai. Na prática o povo cristão tem que se virar para a denominação arcar com as responsabilidades financeiras que não inclui apenas pagar contas mas também manter o "sistema", e isso inclui mega salários para muitos líderes por aí.

Mario Nelson disse...

A Paz do Senhor Jesus a todos, gostei muito do comentário a respeito do dízimo, esse é um assunto que rende muita polêmica, de tudo que foi escrito e comentado,vou expressar a minha opinião, em resumo tanto o dízimo como ofertas e votos tudo tem que ser de coração com base até no caso de Abraão e Jacó podemos notar que foram tomadas em reconhecimento por tudo que o Senhor nos dá isso é gratidão, se vc congrega em uma igreja e essa igreja honra seus compromissos e atende as necessidades dos menos favorecidos porque não colaborar para o crescimento dessa igreja e expansão do Evangelho afinal esse é o propósito e a razão da igreja, que o Senhor derrame sabedoria e discernimento sobre nós.

Anônimo disse...

Sugiro que releia novamente com mais cuidado. Abraão não deu nada por reconhecimento do que Deus lhe havia dado. Primeiro porque Deus nunca lhe pediu dízimo. Ele dizimou PENAS UMA VEZ dos DESPOJOS DA GUERRA, nada mais. Não tirou uma moeda, por assim dizer do que era seu.

Jacó fez um voto, mas em nenhum momento existe mandamento ou ordem de Deus dizendo que temos que fazer votos de dizimar ou ofertar, tomando por base Jacó ou qualquer outro personagem do AT. Primeiramente deve se observar o que os líderes nunca dizem nas igrejas que o voto parte do homem, não de Deus. Todas as vezes em que alguém faz um voto, o faz por iniciativa própria, esse é o primeiro detalhe.

O segundo detalhe é que os lideres também nunca contam aos fiéis a saber que a pessoa que faz o voto SÓ DEVE PAGAR O VOTO APÓS RECEBER O QUE PEDIU. Observe que foi assim em todos os casos. Nas igrejas exigem "um passo de fé" e de a pessoa não recebe, dizem que é porque não teve fé e não devolvem o dinheiro, claro!

A DOUTRINA DO DÍZIMO FOI ESTABELECIDA ANTES DA LEI DO AT?

Abraão e Melquizedeque Algumas pessoas ao perceberem que re almente nã o há base no NT para doutrinar os fiéis na  questão do díz...